O que é CD?

O que é um CD? Uma pergunta que parece estranha de se fazer para quem nasceu na década de 90 ou antes, mas que está se tornando comum para as novas gerações. O CD chegou na década de 80 e foi o dispositivo de armazenamento de música mais popular da década de 90 até a década de 2000, quando começou seu declínio. O formato foi co-desenvolvido pela Phillips e pela Sony para armazenar e reproduzir gravações de áudio digital. Em 1982 foi lançado no mercado o primeiro CD Player, o Sony CDP-101.

O primeiro CD Player: Sony CDP-101 – Photo: Alessandro Nassiri – CC BY-SA 4.0
O que é CD
O primeiro CD Player: Sony CDP-101 – Photo: Atreyu – CC BY 3.0

Os CDs têm diâmetro de 12 cm (4,7 pol.) com um furo de 1,5 cm no meio. Eles têm 1,2 mm de espessura (0,047 pol.) e são feitos de plástico policarbonato, pesando de 14 a 33 gramas. Eles podem armazenar de 74 a 80 minutos de áudio digital. O CD é lido por meio de um dispositivo a laser em um reprodutor onde o disco gira e um braço move a cabeça do laser ao longo do raio para que possa ler as faixas.

Os CDs foram posteriormente adaptados como CD-ROMs para armazenar dados. Os CD-ROMs podiam armazenar de 650 a 700 MB de dados, o que era muito mais do que os discos rígidos de computador típicos da época que normalmente podiam armazenar 10 MB.

CDs de áudio

Na época em que o CD surgiu, os artistas lançavam seus álbuns em discos de vinil (LP) e fitas cassete (K7).

Os CDs de áudio ofereciam muitas vantagens em relação aos formatos analógicos como a reprodução contínua de todas as músicas de um álbum, durabilidade, resistência ao desgaste e capacidade de pular para a próxima música ou reproduzi-la novamente pressionando apenas um botão, algo que você não poderia fazer em um disco ou fita cassete. Além disso, tinha áudio digital em vez de analógico. Isso significava que a qualidade do som ficava mais nítida e não se degradava por mais que você usasse o mesmo disco, o que não acontecia com os K7s e LPs, que se degradavam com o passar do tempo.

Outra vantagem dos CDs era que, na época da introdução da tecnologia, os LPs comportavam apenas cerca de 22 a 26 minutos de cada lado. A fita K7 tinha capacidade de até 90 minutos (45 minutos de cada lado). Em ambos mas não era possível uma reprodução contínua. Quando um lado terminava, era preciso virar o LP ou K7 para continuar ouvindo.

Então, a introdução do CD foi um grande avanço pois você podia gravar áudio digital por até 80 minutos ininterruptos, possibilitando que você também pudesse tocá-lo continuamente, sem ter que mudar o lado.

CD-ROM – armazenamento de dados

Com a popularização do CD de áudio, o próximo passo foi popularizar seu uso para armazenamento de dados com o CD-ROM.

Na época, os computadores geralmente tinham discos rígidos que podiam armazenar apenas 10 MB de dados. Os disquetes podiam armazenar até 2,88 MB de dados. Porém, os disquetes mais populares da época podiam armazenar apenas 1,44 MB, já que o formato de 2,88 MB não teve muito sucesso no mercado devido à falta de padrões.

Ao comprar um software, dependendo do tamanho dos arquivos de instalação, você recebia vários disquetes com uma quantidade de dados que caberia em apenas um CD-ROM. Veja o exemplo do Windows 95 na imagem abaixo.

O que é CD

Como podemos ver, um disco com capacidade de armazenamento de até 700 MB foi um grande avanço tecnológico. Porém, os preços dos leitores de CD-ROM eram muito altos na época de seu lançamento em 1985. Com um custo acima de mil dólares, era muito caro para a maioria dos usuários. O preço só começou a cair na década de 90, quando finalmente se tornou acessível e começou a vir nos computadores como padrão.

Com sua popularização, logo os CD-Rs (CD-Rom gravável) e CD-RWs (CD-Rom regravável) também ficaram mais baratos até se tornarem acessíveis à maioria dos usuários.

O declínio dos CDs

Quando os CD-Rs e CD-RWs se tornaram padrão nos computadores, era finalmente possível gravar nossos próprios CDs com a música que queríamos ouvir ou armazenar dados sem a necessidade de vários disquetes. Porém, tudo mudou. A chegada do pen drive, alterou, mais uma vez, a forma como armazenamos dados. Os pen drives rapidamente ultrapassaram a capacidade de armazenamento de um CD-ROM, tornando-o obsoleto.

A música também mudou com a chegada do formato MP3 e o aumento da velocidade das conexões de internet. Quando a Apple anunciou a sua loja online para poder, legalmente, fazer download de músicas, outras empresas seguiram o exemplo e, em breve, as vendas de CDs começaram a diminuir e a forma como ouvimos música mudou completamente.

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