A Ilha Hashima, uma pequena ilha situada na costa de Nagasaki, no Japão, também é conhecida pelo nome Gunkanjima, que significa “Ilha do Navio de Guerra” em japonês. A história desta ilha é cativante e complexa, com uma série de histórias e fatos interessantes que a tornam um local fascinante para explorar. Desde as suas origens como instalação de mineração de carvão até se tornar um destino turístico nos dias de hoje, a ilha tem uma história rica e complexa que vale a pena explorar.
Mineração de carvão
A Ilha Hashima começou a ser habitada após a descoberta de depósitos de carvão no fundo do mar nos arredores da ilha. Em 1810, o carvão foi descoberto na costa de Nagasaki, no Japão. Isso levou ao estabelecimento de operações de mineração de carvão na região.
Em 1887, a Mitsubishi Corporation adquiriu os direitos de mineração de carvão nas águas que cercam a Ilha. Reconhecendo a importância estratégica das reservas de carvão da ilha, a Mitsubishi começou a desenvolver a infra-estrutura necessária para apoiar as operações de mineração. Isso incluiu a construção de moradias para trabalhadores, edifícios administrativos e outras instalações.
À medida em que a mineração se expandia, a necessidade de mão-de-obra aumentou, levando ao estabelecimento de uma comunidade residente na ilha. Os trabalhadores e as suas famílias foram levados para Hashima para viver e trabalhar nas minas de carvão. Com o tempo, a população da ilha cresceu e acabou se tornando uma cidade bem populosa.
A população da ilha atingiu o seu pico em 1959, com mais de 5.000 moradores vivendo em prédios construídos no espaço limitado disponível na pequena ilha.
O declínio da Ilha Hashima
Durante a década de 1960 e início da década de 1970, à medida em que o Japão fez a transição do carvão para outras formas de energia, a procura por carvão diminuiu, tornando as minas de Hashima economicamente inviáveis. A Mitsubishi Corporation encerrou gradualmente as operações na ilha.
Os últimos moradores deixaram a ilha em 1974, deixando para trás construções vazias e maquinário abandonado. Com a falta de manutenção, as duras condições climáticas agravadas pelos tufões e a erosão natural, os edifícios e estruturas começaram a se deteriorar.
Ilha Hashima hoje
Apesar do abandono, a Ilha ganhou atenção como símbolo da industrialização e modernização do Japão. Esforços foram feitos para preservar parte do patrimônio da ilha e, em 2009, ela foi reaberta à visitação controlada. No entanto, apenas uma pequena parte da ilha é acessível devido a questões de segurança e ao estado instável das estruturas.
Em 2012, a ilha foi usada para filmagens do filme de James Bond, Skyfall, além de outros filmes, documentários, videogames e videoclipes.
Em 2015, a Ilha Hashima foi designada como Patrimônio Mundial da UNESCO em reconhecimento ao seu significado histórico.
Hoje, a Ilha Hashima é uma lembrança assustadora do passado industrial do Japão, atraindo turistas, pesquisadores e cineastas interessados em explorar seus edifícios abandonados e aprender sobre sua história. Os esforços continuam para equilibrar a preservação com as preocupações de segurança e a deterioração natural da ilha.
Bibliografia
1 – Hashima Island – https://en.wikipedia.org/wiki/Hashima_Island#
2 – Hashima Island: A forgotten World – https://www.hashima-island.co.uk/